O que é: Hiperparatireoidismo em cães

O que é: Hiperparatireoidismo em cães

O hiperparatireoidismo em cães é uma condição endócrina caracterizada pela produção excessiva de hormônio paratireoideano (PTH) pelas glândulas paratireoides. Essas glândulas, localizadas no pescoço, são responsáveis pela regulação dos níveis de cálcio e fósforo no organismo. Quando há um desequilíbrio na produção de PTH, pode ocorrer uma série de problemas de saúde, afetando principalmente os ossos e os rins dos cães. O hiperparatireoidismo pode ser classificado em primário, secundário e terciário, cada um com causas e características distintas.

Hiperparatireoidismo Primário em Cães

O hiperparatireoidismo primário em cães é causado por um tumor benigno ou maligno nas glândulas paratireoides, que leva à produção excessiva de PTH. Esse tipo de hiperparatireoidismo é relativamente raro, mas pode ocorrer em cães de qualquer idade, raça ou sexo. Os sintomas incluem fraqueza muscular, letargia, aumento da sede e da micção, perda de apetite e, em casos graves, fraturas ósseas espontâneas. O diagnóstico é feito através de exames de sangue, que revelam níveis elevados de cálcio e PTH, além de exames de imagem para identificar a presença de tumores.

Hiperparatireoidismo Secundário em Cães

O hiperparatireoidismo secundário em cães é mais comum e geralmente resulta de doenças renais crônicas ou de uma dieta inadequada, pobre em cálcio e rica em fósforo. Nesses casos, as glândulas paratireoides aumentam a produção de PTH em resposta à hipocalcemia (níveis baixos de cálcio no sangue). Os sintomas são semelhantes aos do hiperparatireoidismo primário, incluindo fraqueza, letargia e problemas ósseos. O tratamento envolve a correção da dieta e o manejo da doença renal subjacente, além de medicamentos para controlar os níveis de cálcio e fósforo no sangue.

Hiperparatireoidismo Terciário em Cães

O hiperparatireoidismo terciário em cães é uma condição rara que ocorre quando o hiperparatireoidismo secundário não é tratado adequadamente e as glândulas paratireoides se tornam hiperplásicas (aumentadas) e autônomas, produzindo PTH de forma independente dos níveis de cálcio no sangue. Essa condição pode levar a níveis extremamente altos de cálcio no sangue, causando sintomas graves como vômitos, constipação, fraqueza muscular e calcificação dos tecidos moles. O tratamento pode incluir cirurgia para remover as glândulas paratireoides afetadas e medicamentos para controlar os níveis de cálcio.

Diagnóstico do Hiperparatireoidismo em Cães

O diagnóstico do hiperparatireoidismo em cães envolve uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Exames de sangue são essenciais para medir os níveis de cálcio, fósforo e PTH. Níveis elevados de cálcio e PTH são indicativos de hiperparatireoidismo. Exames de imagem, como ultrassonografia e radiografias, são utilizados para identificar a presença de tumores nas glândulas paratireoides e avaliar a saúde óssea. Em alguns casos, uma biópsia pode ser necessária para confirmar o diagnóstico.

Tratamento do Hiperparatireoidismo em Cães

O tratamento do hiperparatireoidismo em cães depende da causa subjacente. No caso do hiperparatireoidismo primário, a cirurgia para remover o tumor das glândulas paratireoides é o tratamento mais eficaz. Para o hiperparatireoidismo secundário, o manejo da doença renal e a correção da dieta são fundamentais. Medicamentos que ajudam a controlar os níveis de cálcio e fósforo no sangue também podem ser prescritos. Em casos de hiperparatireoidismo terciário, a cirurgia pode ser necessária para remover as glândulas paratireoides hiperplásicas.

Prognóstico do Hiperparatireoidismo em Cães

O prognóstico do hiperparatireoidismo em cães varia dependendo da causa e da gravidade da condição. Cães com hiperparatireoidismo primário que passam por cirurgia para remover o tumor geralmente têm um bom prognóstico, especialmente se o tumor for benigno. No caso do hiperparatireoidismo secundário, o prognóstico depende do controle da doença renal e da correção da dieta. O hiperparatireoidismo terciário pode ser mais desafiador de tratar, mas a remoção cirúrgica das glândulas paratireoides afetadas pode melhorar significativamente a qualidade de vida do cão.

Prevenção do Hiperparatireoidismo em Cães

A prevenção do hiperparatireoidismo em cães envolve a manutenção de uma dieta equilibrada e adequada, rica em cálcio e com níveis controlados de fósforo. A detecção precoce e o tratamento adequado de doenças renais também são essenciais para prevenir o desenvolvimento do hiperparatireoidismo secundário. Exames regulares de sangue e check-ups veterinários podem ajudar a identificar problemas de saúde antes que se tornem graves. Para cães predispostos ao hiperparatireoidismo primário, a monitoração regular das glândulas paratireoides pode ser recomendada.

Importância da Dieta no Hiperparatireoidismo em Cães

A dieta desempenha um papel crucial na prevenção e no manejo do hiperparatireoidismo em cães. Uma dieta equilibrada, rica em cálcio e com níveis adequados de fósforo, pode ajudar a manter a saúde das glândulas paratireoides e prevenir o desenvolvimento de hiperparatireoidismo secundário. Alimentos comerciais de alta qualidade, formulados especificamente para cães, geralmente contêm os nutrientes necessários para manter o equilíbrio mineral. Em casos de doença renal, dietas terapêuticas específicas podem ser recomendadas pelo veterinário para controlar os níveis de cálcio e fósforo no sangue.

Monitoramento e Cuidados a Longo Prazo

O monitoramento e os cuidados a longo prazo são essenciais para cães diagnosticados com hiperparatireoidismo. Exames de sangue regulares são necessários para monitorar os níveis de cálcio, fósforo e PTH, garantindo que o tratamento esteja funcionando adequadamente. Acompanhamentos veterinários frequentes são importantes para ajustar o tratamento conforme necessário e para detectar qualquer complicação precoce. Em casos de hiperparatireoidismo primário, a monitoração pós-cirúrgica é crucial para garantir que o tumor não recorra. Para cães com hiperparatireoidismo secundário ou terciário, o manejo contínuo da dieta e da saúde renal é fundamental para manter a qualidade de vida.

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Dra. Camilla Espíndula
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